
Quinta das Bágeiras
4 de Novembro de 2022
No passado dia 4 de Novembro, decorreu na Vinhedo mais uma prova memorável desta vez com o produtor da bairrada Mário Sérgio, que acompanhado com o filho Frederico Nuno, deram-nos a provar o que de melhor se faz na Bairrada.
O primeiro vinho em prova foi Quinta das Bágeiras Colheita Branco 2021, um vinho que pode surpreender algumas pessoas, pois estamos presentes a um vinho com uma acidez média alta e um final de boca longo. Um vinho pensado para acompanhar pratos da nossa costa.
A prova prosseguiu com o Quinta das Bágeiras Reserva Branco 2021, um vinho engarrafado sem qualquer tipo de filtragem ou colagem, não tendo por isso data definida de engarrafamento. Na boca mostrou-se encorpado, com acidez equilibrada e um final longo. Para além de acompanhar quase todos os pratos de peixe, este vinho aguenta alguns pratos de carne mais leves.
Quinta das Bágeiras Pai Abel Branco 2020 foi o vinho que se seguiu em prova, um vinho cheio de carácter e personalidade. De aroma dominado por notas minerais típicas de solos calcários, na boca é sempre vibrante, com grande estrutura e comprimento.
Para terminar a prova de brancos, Quinta das Bágeiras Garrafeira Branco 2020, um vinho que é engarrafado sem qualquer tipo de filtro, Na boca mostrou-se volumoso mas muito fresco, com acidez generosa, complexo, longo e requintado, pleno de carácter e distinção. A designação Garrafeira só é atribuída aos vinhos de colheitas excepcionais.
Prosseguimos a prova com os tintos, e o primeiro a levarmos ao nariz e boca, foi o Quinta das Bágeiras Avô Fausto Tinto 2019, que provém de parcelas, que pelas características do terroir dão origem a tintos elegantes e frescos. Na boca mostrou-se muito intenso e fresco com os taninos vivos e picantes. Este vinho cheio de carácter acompanha muito bem todo o tipo de prato de carnes, em especial grelhados.
Seguimos a prova com o Quinta das Bágeiras Garrafeira Tinto 2017, que nasceu a partir de vinhas muito velhas (idade superior a 90 anos). Com taninos sólidos, mas disfarçados pela boa estrutura, é na vibrante frescura apresentada na boca que o seu final se mostra muito longo, genuíno e puro.
Vinho de grande longevidade, apesar de se poder beber já, desde que acompanhado por carnes vermelhas e decantado com pelo menos uma hora de antecedência. Claro que ficará melhor com mais uns 5 anos de guarda.
Finda a prova dos tintos, Mário Sérgio brindou-nos com o Espumante Quinta das Bágeiras Bruto Natural Tinto 2020, um espumante de aroma muito equilibrado, austero e sério, com notas subtis de framboesa e toranja. Bem firme na boca, encorpado, vivo e saboroso, dando uma prova plena de frescura. Ideal para beber como aperitivo ou a acompanhar peixes e mariscos.
O último vinho a ser provado, foi Quinta das Bágeiras Abafado 2007, um vinho fortificado elaborado com uvas da casta Baga. A fermentação decorreu em pequenos lagares abertos que foi interrompida com a adição de aguardente, destilada em alambique charentais pela técnica de dupla destilação. Aliada à casta que lhe deu origem, a qualidade da aguardente revelou-se determinante na excelência do produto final.