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Prova – Sem Igual e Constantino Ramos

Sem Igual e Constantino Ramos

7 de Outubro de 2022

No passado dia 7 de Outubro realizou-se mais uma prova na Vinhedo, desta vez com dois produtores da região dos vinhos verdes, João Camizão  (Sem Igual, sub-região de Sousa) e Constantino Ramos (Zafirah, Juca e Afluente, sub-região de Monção/Melgaço), dois produtores da nova geração que pretendem mostrar que se podem fazer vinhos de grande qualidade de perfil diferente daquele que associamos à região.

A prova teve início com os vinhos Sem Igual, que na sua maioria são um blend de duas variedades locais, Arinto e Azal e que dão origem a vinhos brancos sem gás, relativamente encorpados, secos e muito frescos. Outra característica destes vinhos é a necessidade de tempo na garrafa  para que possam expressar todo o seu potencial, destruindo o mito de que os vinhos verdes devem beber-se jovens.

O primeiro vinho em prova foi o Sem Igual 2019, ainda muito fechado e de perfil austero mas que terá uma vida longa, na boca é um vinho encorpado, muito fresco, com uma acidez a rasgar e um final bem longo e persistente. É um vinho muito jovem mas que à mesa a acompanhar um peixe ou carnes brancas dará muito prazer. Talvez seja a melhor edição de sempre deste vinho.

Para se perceber a evolução destes vinhos em garrafa, a prova prosseguiu com o Sem Igual 2016, um vinho que se apresentou com uma boa evolução e ainda com muito para dar. O tempo em garrafa permitiu ao Sem Igual 2016 apresentar-se mais equilibrado e complexo mas sem perder a frescura e o final longo.

O terceiro vinho apresentado por João Camizão foi o Sem Igual Rosé 2019, uma surpresa para muitos dos participantes da prova pela qualidade deste rosé. O Sem Igual Rosé 2019 é feito a partir das castas Touriga Nacional e Baga em partes iguais. Na boca revela-se um vinho estruturado com madeira de boa qualidade e bem integrada e muita frescura que lhe dá um final bem longo. É um rosé gastronómico que o torna excelente tanto para acompanhar carnes como peixes. Este é sem dúvida um dos melhores rosés nacionais, num perfil mais tenso e gastronómico do que a maioria.

Para terminar a prova dos vinhos Sem Igual em grande, João Camizão deu a provar o Sem Igual Ramadas Wood 2017, um vinho que resulta da maturação de vinhas velhas conduzidas em ramadas e que após a fermentação vai estagiar 6 meses em barricas de carvalho francês, o que lhe permite ganhar estrutura e complexidade. É um vinho encorpado mas fresco e com um final muito longo. Um dos melhores vinhos da Região dos Verdes e sem levar alvarinho, um vinho branco de eleição que se bate com os melhores de Portugal.

Seguimos para a segunda parte da nossa prova com o produtor Constantino Ramos que para além de apaixonado por vinho é também apaixonado por história e por isso tenta colocá-la nos vinhos que faz.  

A prova teve início com o vinho Zafirah 2021, um vinho tinto de intervenção mínima e respeitadoras do carácter do vinho, pretende ser um tributo aos afamados vinhos tintos de Monção que eram exportados para Inglaterra e Flandres já nos séculos XIV e XV.  A fugir do perfil rústico da maior parte dos vinhos verdes tintos, o Zafirah 2021 é muito elegante, com pouco corpo e fácil de beber. Devido à sua acidez bem vincada, este vinho pode acompanhar comidas elegantes e suaves como sushi bem como pratos mais complexos e gordos.

O segundo vinho a provar foi a novidade Juca 2021, um vinho tinto da mesma região de vinhas centenárias, que apresenta mais corpo que o Zafirah e um pouco menos de acidez dentro de um perfil um pouco mais rústico. Como é um vinho de baixa intervenção e feito à moda antiga, parece um vinho dos nossos avós, mas com um nível superior.

A prova prosseguiu com o Afluente 2021, um alvarinho que continua a ser um dos grandes exemplares da casta. Este vinho estagiou 9 meses em barrica de carvalho francês e antes de ser lançado no mercado estagiou 7 meses em garrafa. O Afluente 2021 apresentou-se leve na boca com uma acidez vibrante e direta a transmitir frescura, e um final longo, pleno de mineralidade. Tem tudo para evoluir muito bem, quem puder compre várias garrafas, e vá provando ao longo dos anos.

Para finalizar, Constantino Ramos deu a provar o esgotadíssimo Afluente 2020, um grande vinho de perfil austero, tenso, elegante, com uma madeira muito bem integrada e com um final longo. Este já está com um equilíbrio notável que o coloca no topo dos melhores alvarinhos.

Vinhos da Prova

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